O juiz Phronimos: um retorno à ética prudencial em Aristóteles

Autores

  • Ana Carolina de Faria Silvestre Faculdade de Direito do Sul de Minas
  • Rodrigo Ferreira dos Santos

Resumo

Este artigo objetivou analisar a prudência em Aristóteles (phronesis) como paradigma à atuação dos juízes de direito na contribuição para um judiciário mais próximo à realidade social. Foram identificados os elementos essenciais da ética das virtudes na alma humana no contexto da comunidade: as virtudes ética e dianoética, atinentes ao caráter e ao intelecto, respectivamente. Para tanto, utilizou-se como base bibliográfica a obra Ética a Nicômaco de Aristóteles e secundariamente, livros relacionados à virtude da prudência, sem olvidar sua aplicação ao trabalho hermenêutico contemporâneo. Ao compreender-se as virtudes éticas em Aristóteles como plasmadoras do caráter do phronimos, foi possível identificar sua contribuição à atuação ético-judicial dos juízes como entes humanos, capazes de transcender o rigorismo normativo e técnico-praxístico, bem como o valor concreto a nível institucional e social de sua atuação em ater-se às peculiaridades dos casos e às escolhas equilibradas dos meios conducentes ao melhor fim eudaimônico do processo.

Biografia do Autor

Ana Carolina de Faria Silvestre, Faculdade de Direito do Sul de Minas

Professora Adjunta da Faculdade de Direito do Sul de Minas - FDSM. Doutoranda, Mestre e Especialista em Ciências Jurídico-Filosóficas da Universidade de Coimbra, Portugal. Coordenadora do Grupo de Estudos Educajus. Membro da Unidade de Pedagogia Universitária e Didática do Direito da Universidad de Chile. Membro da Rede Brasileira de Direito e Literatura. Membro da International Research Collaborative network intitulada Law, Reason and Emotion. Membro da Collaborative Research Network intitulada Law and Emotion.

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Publicado

2019-12-12

Edição

Seção

Dos Artigos Originais